segunda-feira, 17 de novembro de 2008
3 poemas de Yves Namur
Uma voz
ergueu-se das cavidades do Inverno,
doce e leve
como a palavra sem peso
que vinha da tua boca.
Uma voz terá assim regressado
para perturbar o canto
e
a única pergunta
que ainda se não ousava fazer
às aves da alma.
**
Aquele que entreabre a boca
por um instante que seja,
esse estará talvez esquecido de
que o seu corpo é todo ele feito de aves,
àrvores voadoras e constelações de fogo.
E que desta maneira e pouco a pouco
se esvaziará disso,
de tudo isso.
**
Será o poema essa coisa ínfima
que rodeia o corpo e a ausência?
Essa parte ínfima
que arde
e sempre está a arder
na rosa insuspeitada?
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2 comentários:
O do meio :)
Aquele que entreabre a boca
por um instante que seja,
esse estará talvez esquecido de
que o seu corpo é todo ele feito de aves,
àrvores voadoras e constelações de fogo.
E que desta maneira e pouco a pouco
se esvaziará disso,
de tudo isso.
hummm... isto explica muita coisa! :) *
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