quinta-feira, 29 de novembro de 2007






Magoa ver a magnólia cair. Acredita.
O relâmpago vem
sobre ela. A tempestade.
As plantas são tão frágeis como as cabanas dos homens.
Somos muito frágeis os dois neste poema
com o relâmpago, a cabana, com a magnólia aos ombros
sem nenhum terreno pulmonar intacto
para depois de nos olharmos um de nós dizer
plantêmo-la aqui-aqui
é o meu pulso,a minha boca
é a retina com que procuras, é a madeira da porta
com que te fechas em casa. Prometo-te
eu nunca vou fechar os olhos
as mãos.



Daniel Faria




1 comentários:

Natália Nunes disse...

A promessa de sempre e nunca é mera leviandade.